terça-feira, 18 de novembro de 2008

Revista Joyce Pascowitch traz matéria sobre assassinatos de gays da alta sociedade


Na edição deste mês, a revista Joyce Pascowitch traz a reportagem do jornalista Renato Fernandes sobre o assassinato de homossexuais da alta sociedade paulistana.

A matéria, intitulada "Presas Fáceis", relata a morte de Aparício Basílio da Silva e Carlos Armando Fiorino "em que a imprensa ajudou muito para que os assassinos fossem encontrados", explica o jornalista.

Outro caso é o do arquiteto Ângelo Colucço (foto), brutalmente assassinado por um rapaz depois de levá-lo para sua casa e passarem um domingo juntos. A apuração ainda tramita na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa e "até agora, mais de um ano depois, nem causa nem autoria do crime ainda foram reveladas", conta Renato.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Drew Barrymore se emociona ao defender casamento gay



Em entrevista à revista 'Harpers Bazaar', a atriz Drew Barrymore, 33 anos, se emocionou e disse ser contra a 'Proposta 8' (proibição do casamento gay na Califórnia). A causa tem colocado as estrelas de Hollywood para falar de política.

"Quando ouvi Obama dizer que uma pessoa homossexual nunca mais teria que esperar por seu parceiro fora do hospital quando estivesse doente, meus olhos se encheram de lágrimas porque muitas pessoas que gosto são homossexuais. Esse é o mundo em que quero viver", afirmou Barrymore.

Multinacionais como Pepsi e Google, além do jornal The New York Times, se declararam a favor do casamento gay. Steven Spielberg, o grupo Fall Out Boys e até Brad Pitt, fizeram doações para a causa. A votação do referendo está prevista para o dia 4 de novembro, mesma data das eleições presidenciais nos Estados Unidos.



fonte: www.acapa.com.br

Rafael Alencar

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

domingo, 5 de outubro de 2008

Henry





Henry





Beau





Charlie


Charlie





Charlie





Conheça os 10 alimentos que não faltam nas dietas dos famosos

A nutricionista Bia Rique revela a lista que faz as celebridades emagrecerem
Emagrecer custa caro. Calma, a gente nem está falando da força de vontade e da determinação em fechar a boca para suas delícias favoritas. A questão aqui é no bolso, mesmo: perder peso, com saúde, à base dos alimentos que vêm na cesta básica é tarefa quase impossível. Mas o investimento compensa, segundo a nutricionista Bia Rique. Com consultório na badalada clínica Ivo Pitanguy e representando a American Overseas Dietetic Association no Brasil, ela está acostumada a atender famosos e endinheirados do mundo todo. Os alimentos indispensáveis à dieta nem são assim tão caros, mas aumentam um pouco a despesa familiar , afirma Bia. Abaixo, confira as dez dicas da especialista para entrar em forma sem deixar a saúde de lado.

1. Vegetais coloridos: nada de fechar a mão na hora de ir à feira. Os vegetais são fontes de fibra, água e fitonutrientes, por isso não podem faltar à dieta , diz Bia. São recomendadas de três a cinco porções diárias por dia de vegetais, incluindo legumes e verduras na lista.

2. Pão 100% integral: abolir as massas de farinha fina é uma das primeiras medidas de qualquer dieta. Além de ajudar seu intestino a funcionar melhor, os pães integrais mantêm a saciedade por mais tempo, já que a digestão deles demora mais. Resultado: você come menor e emagrece.

3. Azeite extra-virgem: quem está acostumado a usar óleo toma um susto quando vê os preços dos azeites nas prateleiras. Mas não tem jeito, afinal esse tipo de gordura é aliado do seu coração, reduzindo a formação de placas (ou ateromas) nas paredes dos vasos sangüíneos. Uma maneira de economizar um pouquinho é comprar a versão virgem, um pouco mais barata, para cozinhar. A extra-virgem pode ser usada apenas no tempero de saladas e pratos que não vão ao fogo , recomenda Bia Rique.

4. Aveia: o cereal é um exemplo de fibra solúvel que não pode, jamais, ficar de fora do cardápio de quem deseja emagrecer. A aveia age no controle do colesterol, da glicose sangüínea e regula o funcionamento do intestino.

5. Frutas frescas: como nos vegetais, o segredo está nas cores. Você precisa consumir de duas a quatro porções, diariamente. Vale experimentar em dentadas ou na forma de sucos, não importa.

6. Feijões: muita gente torce o nariz para eles. Mas está aqui um dos poucos ingredientes da cesta básica que fazem a diferença no regime. Preto, mulatinho ou carioca, o feijão é fonte de proteínas e fibras, ajudando a controlar a fome.

7. Peixes: as carnes brancas são o coringa de qualquer dieta, com destaque para os peixes. Mas esqueça os pacotes congelados do supermercado. Você precisa consumir versões frescas, que guardam os nutrientes e têm mais substâncias benéficas. De uns tempos para cá, salmão e outros peixes de água fria estão mais baratos: é que eles têm sido cultivados em cativeiro, perdendo muitas das propriedades nutricionais que apresentam quando são pescados em seu ambiente natural.

8. Queijo branco: ele tem menos gorduras e é fonte de proteína para sua dieta, além de oferecer cálcio (mineral que, além de fortalecer os ossos, está envolvido nos mecanismos de contração muscular e regula batimentos cardíacos saudáveis).

9. Semente de linhaça: o aperitivo pode integrar seus lanches e é uma fonte poderosa de ômega-3, substância que diminui os triglicérides e o mau colesterol. Você bate bater duas colheres de sopa das sementes com sua fruta favorita, adicioná-la no iogurte ou no leite, junto à aveia.

10. Castanhas: vale a de caju, do-pará, nozes, macadâmias, amêndoas... elas são fontes das chamadas gorduras monoinsaturadas, reconhecidas por baixar os níveis do mau colesterol e aumentar os do bom (papel que o azeite também desempenha).

sábado, 4 de outubro de 2008

Bruno





Billy





Hepatite C



Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado. Ao contrário dos demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.
Estima-se que cerca de 3% da população mundial, 170 milhões de pessoas, sejam portadores de hepatite C crônica. É atualmente a principal causa de transplante hepático em países desenvolvidos e responsável por 60% das hepatopatias crônicas. No Brasil, em doadores de sangue, a incidência da hepatite C é de cerca de 1,2%, com diferenças regionais.
Apesar dos esforços em conter a epidemia atual, especialmente com a realização de exames específicos em sangue doado, a hepatite C é uma epidemia crescente. Estima-se que a prevalência (número total de casos) só atinja o seu pico em 2040 e, à medida que o tempo de infecção aumenta, que a proporção de novos pacientes não tratados com cirrose dobre até 2020. Assim, medidas adicionais de prevenção e tratamento precisam ser tomadas antes disso, ou nas próximas décadas a epidemia de hepatite C atingirá complicações na saúde pública a níveis insustentáveis.

SINTOMAS

Diferentemente das hepatites A e B, a maioria das pessoas que adquirem a hepatite C desenvolvem doença crônica e lenta, sendo que a maioria (90%) é assintomática ou apresenta sintomas muito inespecíficos, como letargia, dores musculares e articulares, cansaço, náuseas ou desconforto no hipocôndrio direito. Assim, o diagnóstico só costuma ser realizado através de exames para doação de sangue, exames de rotina ou quando sintomas de doença hepática surgem, já na fase avançada de cirrose.
TRANSMISSÃO

A transmissão da hepatite C ocorre após o contato com sangue contaminado. Apesar de relatos recentes mostrando a presença do vírus em outras secreções (leite, saliva, urina e esperma), a quantidade do vírus parece ser pequena demais para causar infecção e não há dados que sugiram transmissão por essas vias. O vírus da hepatite C chega a sobreviver de 16 hoas a 4 dias em ambientes externos. Grupos de maior risco incluem receptores de sangue, usuários de drogas endovenosas, pacientes em hemodiálise (cerca de 15-45% são infectados nos EUA) e trabalhadores da área de saúde.

Com o surgimento de exames para detecção da hepatite C, a incidência anual vem caindo. Isso é mais significativo em receptores de transfusões, pois essa era a principal via de transmissão e atualmente o risco de adquirir hepatite C por transfusão sangüínea está entre 0,01 e 0,001%. Atualmente, o maior risco é dos usuários de drogas, que nos EUA tem 72-90% de prevalência de infecção. Estima-se que após 6 a 12 meses de uso de drogas endovenosas, 80% dos indivíduos estão infectados.

Em trabalhadores de saúde que se acidentam com agulhas contaminadas, há o risco de transmissão, mas ele é menor que 4% (menos que a hepatite B, mais que o HIV) e isso é responsável por menos de 1% dos casos de infecções.

A transmissão vertical (mãe para filho) ocorre em 0 a 35,5% dos partos de mães infectadas, dependendo principalmente da quantidade de vírus circulante no momento do parto e coinfecção com HIV. A taxa de transmissão vertical em geral está entre 4,3 a 5,0%. Há aparente risco maior no parto normal que na cesariana e o aleitamento materno parece ser seguro, mas os estudos em ambos os casos são conflitantes. Não há até o momento nenhuma técnica para reduzir o risco de transmissão para o bebê durante o parto. Após o parto, deve ser realizada sorologia (anti-VHC) do bebê apenas após os 18 meses, pois antes disso os anticorpos detectados no sangue do bebê podem ser os provenientes do sangue da mãe, passados para o feto através da placenta. Há também a possibilidade de coleta de sangue para pesquisa do RNA VHC (pelo PCR) na primeira e na segunda consulta de puericultura (com o pediatra, entre um a dois meses de vida).
A transmissão sexual é muito debatida. É verdadeiro que a hepatite C é muito menos transmitida sexualmente que a hepatite B. Em parceiros fixos de pessoas contaminadas, a prevalência de infecção é de apenas 0,4 a 3%, sendo que nesse muitas vezes encontramos outros fatores de risco que podem ser a causa da infecção. Por outro lado, entre pessoas sem nenhum outro fator de risco, encontramos 2 a 12% de sexualmente promíscuos. Atualmente, não há dados que indiquem a necessidade de uso de preservativo em parceiros estáveis pela hepatite C.
Outros fatores de risco menores são o uso de cocaína intranasal, piercing e tatuagens. Mesmo excluídas todos os fatores de risco anteriores, a transmissão esporádica, ou sem modo conhecido, é responsável por pelo menos 12% dos casos.

Naturalmente, como tem os mesmos modos de transmissão, os portadores de hepatite C têm também um risco maior de outras doenças, particularmente a hepatite B a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, devendo realizar exames de sangue para diagnóstico. De particular interesse são a co-infecção hepatite B e C e hepatite C e HIV, com evoluções muito piores e tratamento mais difícil.

Amor ou individualidade? Para psicanalista, o ideal de amor romântico está fadado ao fracasso

Entrevista: Flávio Gikovate

Eu sem você não tenho porquê, porque sem você não sei nem chorar. Sou chama sem luz, jardim sem luar (...) Tristeza que vai, tristeza que vem. Sem você, meu amor, eu não sou ninguém Os versos da canção Samba em Prelúdio, de Baden Powell e Vinícius de Moraes retratam o amor dos sonhos de todos que buscam por um final feliz, certo?

Errado! Para o Psicanalista Flávio Gikovate, em seu 26º livro Uma História de Amor... Com Final Feliz, o ideal de amor romântico que predomina no imaginário coletivo está com os dias contados. Baseado nas experiências de seus 40 anos de atuação na psicoterapia e em suas vivências pessoais, Gikovate apresenta uma proposta inusitada acerca da questão do amor: formar laços que respeitem a individualidade; ou viver só, estabelecendo vínculos afetivos e eróticos mais superficiais.

Médico psiquiatra formado pela USP, apresentador do programa No Divã do Gikovate, da Rádio CBN, e autor de diversos livros sobre a sexualidade humana e o tema do amor, Flávio Gikovate conversou com o Guia da Semana e aconselha que o famoso ficar pode ser um interessante método para atingir a maturidade nos relacionamentos.

Guia da Semana: No livro Uma História de Amor... Com Final Feliz, você diz que o amor como vivenciamos hoje é imaturo e regressivo e propõe que os relacionamentos sejam mantidos pelo +amor . Como você define este sentimento?

Flávio Gikovate: O +amor traz uma relação compatível com os tempos modernos, que respeita a individualidade. Existe respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar. É parecido com a amizade porque aproxima duas unidades e não duas metades . Basicamente, é uma forma adulta e sólida de relacionamento, na qual a palavra concessão é substituída por respeito.

GDS: Muitos relacionamentos acabam porque o parceiro estava se sentindo sufocado pelo outro. Como você explica este comportamento?

FG: Esse comportamento nada mais é do que medo de se relacionar. Parte desse medo é o de perder a individualidade. Então, o indivíduo foge. Se não foge, chega uma hora em que começa a se sufocar pela falta da individualidade de novo. Mas com o tempo o medo vai diminuindo junto com a vontade de ficar grudado e vai aumentando a individualidade. É como se o amor bem resolvido curasse o indivíduo do mal de amar.

GDS: Neste contexto, como fica o ideal de fusão de um relacionamento?

FG: Primeiro, é importante lembrar que o sonho de fusão continua presente. Mas duas coisas modificaram esse ideal do amor: a independência da mulher, desequilibrando a idéia de fusão com uma liderança masculina, e o avanço tecnológico, que criou condições extraordinárias para o entretenimento individual. Hoje, há uma briga muito mais ostensiva entre amor e individualidade. Nesse sentido, acho que o +amor tem grande chance de prevalecer.

GDS: E o ficar , onde se enquadra?

FG: As relações amorosas sempre vão existir. O que eu defendo, e acredito, é que elas vão mudar. Porque o mundo mudou e está impondo a necessidade de levar em conta a individualidade. As relações casuais também vão continuar acontecendo. E, nessa nova ordem, ela nem sempre será considerada ruim. Se houver maturidade de ambas as partes, restará sempre uma boa relação afetiva, ainda que superficial. O status do ficar , criado pelos jovens, é uma condição de relacionamento simplesmente perfeita. É um bom ensaio para atingir a maturidade.

GDS: As mulheres sentem mais dificuldade em lidar com a solidão?

FG: Depende. A mulher que consegue trabalhar a sua individualidade consegue viver bem sozinha. Elas são as que mais caminham no processo de individuação, pois são vítimas dos relacionamentos de fusão romântica . As maiores renúncias são exigidas das mulheres. Hoje, as relações são mais cooperativas e ambos, por meio de negociações, decidem o que será feito em conjunto.

GDS: O que é preciso para viver uma relação amorosa mais individualizada?

FG: Temos que ser observadores imparciais e tirarmos vantagens das coisas em vez de ficar lamentando. A vantagem é: avanço moral, avanço da capacidade dos seres humanos de ficarem sozinhos e aprendizado para resolver essa situação de incompletude. Essa é uma novidade que mata a idéia do amor no seu sentido tradicional, como remédio para a incompletude. O amor como remédio tem que desaparecer porque é um mau remédio.
Foto: Divulgação


GDS: Como a mulher deve lidar com a pressão que a sociedade impõe a favor do casamento?

FG: Atualmente, há muitos solteiros felizes. E a pressão em relação ao casamento reduziu muito nos últimos anos. A maioria das pessoas leva uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele vazio no estômago por estarem sozinhas, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupadas, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são, geralmente, os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinícius de Moraes, que é impossível ser feliz sozinho . Mas isso já caducou! Então, acabam vivendo tristes e deprimidos.

GDS: E quanto ao sexo, para um casal se dar bem na cama é preciso separar sexo e amor?

FG: O sexo é uma área em que ainda precisamos avançar. Em nossa cultura, o sexo vai melhor quando há briga. As pessoas gostam mais de transar com inimigos do que com amigos. Isso mostra como precisamos avançar no entendimento da questão sexual. Ainda é preciso inventar um erotismo que não seja comprometido com vulgaridade e violência. Para superar isso, é preciso ser criativo e entender que as leis da atração sexual não são as mesmas das relações afetivas de boa qualidade. Na hora do sexo, talvez seja necessário mudar o canal, no qual o outro tem de deixar de ser o parceiro sentimental para ser um outro parceiro. É assim que os casais que se amam de verdade descobrem estratégias para que o sexo flua.

GDS: A mulher moderna concilia diversas tarefas: ser mãe, profissional, dona de casa e amante. Essa multiplicidade feminina pode prejudicar o relacionamento?

FG: As mulheres ainda pensam como suas mães. Embora elas sejam maioria nas universidades, elas ainda imaginam o casamento como estabilidade sentimental e material. Isso mostra que, apesar da multiplicidade de papéis, a mulher ainda relaciona amor e casamento. Amor é um assunto e casamento é outro. Nos relacionamentos baseados no que chamo de +amor , os maridos não serão mais protetores ou provedores. Eles terão de ser encarados como companheiros, parceiros de viagem. Mas isso só é possível para aqueles que conseguem trabalhar a sua individualidade.

Colaborou:
• Flávio Gikovate

Separe a gordura boa da ruim

Controlando o consumo, você pode comer de tudo sem prejudicar a dieta
Apesar de a má fama ter sido espalhada há pouco tempo, a gordura trans sempre fez parte do time de gorduras prejudiciais à saúde. E, se você acha que ela só atrapalha a perda de uns quilinhos, melhor checar a sua despensa. Doenças do coração, derrames e até alguns tipo de câncer têm sido relacionados ao mau consumo de alguns tipos de gorduras.
Não à toa, portanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ordenou que todas as empresas alimentícias indiquem, no rótulo de cada produto, a quantidade presente desse tipo de gordura.

A mudança aconteceu em julho de 2006, transformando uma simples ida ao supermercado numa epopéia
em busca do prato saudável. O problema é que, além da trans, há muitas outras variações desse nutriente. E haja cabeça para diferenciar um do outro e incluir cada um deles no cardápio, sem comprometer a saúde.

Para acabar com essa confusão de uma vez por todas, convocamos a responsável pela equipe nutricional do Minha Vida, Roberta Stella. Superdidática, ela montou um guia completo sobre todos os tipos de gordura consumidos por você do café-da-manhã ao jantar, passando ainda pelo lanchinho da tarde. Tome nota!

Coloque os vilões fora de combate
Roberta alerta para uma mudança notável no padrão alimentar dos brasileiros. "A elevada ingestão de alimentos ricos em gorduras ruins, aliada ao excesso de peso e ao sedentarismo eleva o risco de desenvolver doenças cardiovasculares".

Confira a lista dos tipos de gorduras prejudiciais ao organismo

Colesterol
Tipo de gordura com duas faces, o colesterol desempenha um papel importante no organismo, já que participa da produção dos hormônios sexuais e das glândulas supra-renais. Além dessas funções, o colesterol ajuda na formação da membrana celular e da bílis (substância produzida pelo fígado, fundamental para a digestão das gorduras).

O problema dessa gordura está relacionado ao seu excesso. "A quantidade de ingestão diária não deve ultrapassar 300mg", ressalta Roberta.

A razão disso é que, para ser transportado pelo corpo, o colesterol conta com a ajuda de uma proteína chamada LDL. No vai-e-vem, a proteína acaba deixando rastros da gordura pelo caminho, formando as placas prejudiciais à saúde.

Para ajudar a recolher os restos deixados pela LDL, o organismo conta com a participação da proteína HDL. Também ajudante no transporte do colesterol pelo corpo, ela entra em ação como uma espécie de faxineira varrendo todos os rastros nocivos. Por isso, é importante que as taxas de HDL sempre estejam acima das de LDL
O segredo para manter essa proporção em equilíbrio e ficar longe das doenças cardiovasculares é controlar os alimentos de origem animal, como carne, leite, derivados e embutidos, apresentam esse tipo de gordura (soja combate problemas cardiovasculares).

Gorduras saturadas
Sólidas em temperatura ambiente e viscosas quando aquecidas, as gorduras saturadas são uma ótima isca para doenças cardiovasculares. Isso porque elas colaboram para o aumento de LDL, colesterol ruim, que circula pelo sangue.

Derrames e alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, também têm a origem associada aos excessos dessas gorduras no organismo sem falar que a gordura saturada é inimiga número um do emagrecimento. Para prevenir tudo isso, restrinja o consumo diário desse nutriente a, no máximo, 7% das calorias totais da sua dieta.

"Esse tipo de gordura está presente em maior quantidade nos alimentos de origem animal, como carnes, leite e derivados, ovos", alerta a nutricionista.

Gordura trans
Responsável pela forma, textura e sabor aos alimentos industrializados, a gordura trans tem origem na gordura vegetal (que é insaturada e não causa danos à saúde) e torna-se prejudicial depois do processo de hidrogenação.

Na prática, a gordura que era líquida e insaturada passa a ser sólida e saturada, sendo conhecida também como gordura vegetal hidrogenada.

Portanto, assim como a gordura saturada, a trans aumenta os níveis do mau colesterol no sangue e ainda diminui as taxas do colesterol benéfico ao organismo, o HDL.

Entre os alimentos que contêm gordura trans, encontramos bolos e tortas industrializadas, biscoitos salgados e recheados, pratos congelados, sorvetes cremosos e margarinas.

De acordo com Roberta, ainda não existe uma recomendação de quantidade ideal para o consumo de gordura trans. "Mas alguns especialistas dizem que ela não deve passar de 2 gramas por dia", afirma.

Time do bem
Engana-se quem pensa que todo tipo de gordura causa malefícios ao organismo. Entre a equipe do bem, os destaques vão para as gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas.
Gorduras monoinsaturadas
São líquidas em temperatura ambiente, mas iniciam a solidificação quando levadas à geladeira. Um bom exemplo de gordura monoinsaturada são os molhos à base de azeite, opacos na geladeira e transparentes em temperatura ambiente.

Além de fornecer energia ao corpo, esse tipo de gordura conta com mais uma vantagem: ajuda a diminuir o LDL, conhecido como colesterol ruim.

Para aproveitar os benefícios das gorduras monoinsaturadas, recorra ao óleo de canola e de soja, azeite de oliva, abacate, castanhas e amêndoas. Mas não exagere na dose. Se comparados a outros tipos de gordura, eles realmente não causam tantos malefícios ao coração. Mas, em contrapartida, são bastante calóricos e podem pôr o seu regime a perder (descubra a dieta ideal para você).

Gorduras poliinsaturadas
Assim como as monoinsaturadas, esse tipo de gordura ajuda a diminuir o colesterol ruim. Por outro lado, se consumidas mais do que o indicado, as poliinsaturadas podem fazer os níveis de HDL (o bom colesterol) diminuírem.

Conte com elas também para ficar longe dos coágulos nas artérias. A ajuda acontece porque a gordura diminui a agregação das plaquetas.

As gorduras poliinsaturadas são encontradas nos peixes de água fria e nos óleos de soja, milho e girassol. Somando sua ingestão com as monoinsaturadas, as gorduras não devem ultrapassar os 20% do total de calorias diárias.

Fernando Verdasco (tênis)

Leonardo Brício



Leonado Brício