quarta-feira, 30 de julho de 2008

Economistas contam onde investem seu dinheiro


Ana Carolina Lourençon
Em São Paulo

Os economistas costumam ser consultados para palpitar sobre o dinheiro dos outros. Mas o que eles fazem com os próprios recursos num momento de Bolsa instável como o atual?

O UOL conversou com cinco economistas que aplicam na Bovespa para saber o que estão fazendo com suas economias. Eles pertencem a instituições diferentes, porém sem vínculo com bancos ou corretoras.


Quatro deles afirmaram que, mesmo com as incertezas sobre o futuro da economia mundial, reinvestiriam a mesma quantia que possuem em Bolsa no atual momento. Apenas um resolveu sair da renda variável agora.

ONDE ESTÁ O DINHEIRO DOS ECONOMISTAS


Segundo os outros quatro, a aplicação de recursos no mercado financeiro deve ser feita somente com a decisão de resgatar os recursos no longo prazo, que é no mínimo, de quatro anos, principalmente em um momento de crise.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem apresentado elevada volatilidade e oscilado bastante, quase sempre seguindo o desempenho dos mercados de ações estrangeiros, o que muitas vezes faz com que os investimentos de curto prazo sejam resgatados com prejuízo.

"Só aconselho a entrar na Bolsa se o investidor estiver com o objetivo de ter retorno em, no mínimo, cinco anos, até porque a Bovespa subiu muito nos últimos anos, e a projeção é de que ela não vá mais sustentar esse bom desempenho por muito tempo", afirma o professor de administração da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) Edmauro Oliveira.

Ele afirma que a melhor aplicação é 40% do capital em Bolsa e 60% em títulos da dívida pública. Na Bolsa, prefere as ações de empresas de energia, mineração e bancos. Oliveira aposta na Bolsa porque acredita que no longo prazo a economia mundial deva ter um desempenho melhor e refletir no mercado de ações.

"Recentemente o FMI reviu para cima sua previsão de crescimento da economia mundial o que significa que, principalmente as empresas que fornecem commodities, deverão se beneficiar e mostrar bom resultado na Bolsa", diz.

Tudo em Bolsa
O economista Ricardo Humberto Rocha deixou 100% de suas aplicações na Bolsa ainda porque se identifica mais com o segmento de renda variável.

"Eu prefiro escolher meu portfólio, me sinto mais a vontade, pois acho mais fácil de administrar minha carteira. Por estratégia atual eu tenho concentrado minha carteira em 4, 5, no máximo 6 papéis, cada um de um setor",afirma.

Para o economista Cláudio dos Santos, conselheiro do Corecon-SP (Conselho Regional dos Economistas do Estado de São Paulo), a Bolsa está em um momento que pode ser considerado bom, pois tem muitas empresas que estão com o preço de suas ações ainda baratos e tendem a valorizar-se.

Sua estratégia de investimento é baseada em 40% em renda variável e 60% em aplicação lastreada no CDI.

"Diversificar é muito bom. Não dá para pegar 100% do dinheiro que dispomos e aplicar em mercado de renda variável, porque ocorrem problemas como os que estão ocorrendo agora. Vamos supor que eu precisasse do dinheiro agora, se vendesse as ações, teria prejuízo", diz.

Empresas diferentes
O economista e criador do site Dinheirama, Conrado Navarro, diz que sempre procura investir em três ações de empresas diferentes, dispondo, pelo menos, um montante de R$ 12 mil a R$ 15 mil.

"Não gosto do mercado fracionário. Prefiro o de lotes normal, pois é um segmento que tem mais liquidez e você consegue comprar e vender mais fácil".

Navarro explica que não deixa mais de 50% de seu capital alocado em renda variável, já que é "sempre bom ter um pouco do dinheiro aplicado em título de renda fixa que não possui risco elevado", afirma.

Entre os entrevistados, o único que não deixou dinheiro na Bolsa foi o economista Fernando Ferrari, da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

"Avaliei meus ganhos obtidos no primeiro semestre e, como ficaram acima do esperado, e a perspectiva de menor crescimento econômico mundial certamente vai afetar o Brasil, achei melhor sair do mercado de ações", diz.

Segundo Ferrari, o atual momento do mercado financeiro é apenas "para quem está interessado em viver sob constante estresse".

O professor diz que, caso tivesse dinheiro para investir livremente, aplicaria apenas 30% no mercado de ações, em papéis considerados de primeira linha, de empresas com boas perspectivas de crescimento. 60% iriam para títulos da dívida pública pós-fixados atrelados à taxa Selic, já que a tendência, de acordo com ele, é que os juros subam.

Os 10% restantes deveriam ser investidos em algum produto de liquidez mais imediata, como a poupança, para gerar um caixa para eventuais gastos urgentes.

Armandt


Montando




Gatinho

Gatinho

Dupla quente





Cory Koons, astro pornô asiático





Cory Koons, astro pornô asiático





Tommy





Tommy





Tyler, Derek e Austin



David Taylor





Abra a geladeira e livre-se do estresse

Por EFE Reportagens


Os açúcares, a cafeína, o sal e outras substâncias excitantes produzem no organismo um "disparo" imediato de energia e bem-estar. Isso acontece porque estes elementos provocam um aumento de insulina no sangue, que, por sua vez, permite a liberação de um aminoácido: o triptofano. Esse aminoácido é o precursor da serotonina, substância responsável pela sensação de bem-estar e que inibe os pensamentos negativos, sendo também um dos componentes dos remédios utilizados para tratar a depressão e a ansiedade.

Amizades perigosas.

Açúcares e outras substâncias excitantes têm um efeito no longo prazo contrário à sensação que causam em um primeiro momento, porque tanto têm efeitos negativos no sistema nervoso quanto são nocivos para a saúde do corpo. Recorrer freqüentemente a esses "amigos" tão solicitados em momentos de cansaço e de estresse pode acabar se tornando um vício. As conseqüências da dependência são o desgaste do sistema nervoso e a diminuição da saúde física, com aumento de peso e do colesterol, e a queda das defesas do corpo e da energia.

Para enfrentar o estresse diário, é possível optar por fórmulas mais saudáveis e menos perigosas, como fazer uma lista de alimentos antiestresse antes de ir às compras e encher a geladeira.

A lista de compras

Comer bem e de tudo é a melhor forma de combater o estresse, mas há alguns alimentos que ajudam a manter o bem-estar. Frutas, verduras e hortaliças precisam ser as três convidadas mais assíduas à mesa. Entre as frutas, a banana, devido ao alto teor de potássio, e as frutas secas, por causa do magnésio, são bons aliados contra o estresse. Essas duas substâncias presentes nesses alimentos, além de outras qualidades, ajudam a equilibrar o sistema nervoso e relaxar.

É melhor consumir verduras e hortaliças cruas para que não percam suas vitaminas e minerais. Como exemplos das virtudes desses alimentos estão a alface, que tem efeitos calmantes, o abacate e o repolho, ricos em vitamina B, que fortalece o sistema nervoso.

O melhor tranqüilizante natural é o formado pelo grupo dos laticínios. Para confirmar a veracidade desta afirmação, basta lembrar que um copo de leite morno antes de deitar é uma receita das avós para fazer as crianças dormirem. Carne vermelha, peixes, ovos e cereais são alimentos ricos em triptofano e, portanto, devem estar também na dieta diária.
Glicose e otimismo

Recorrer ao chocolate quando se está "para baixo" e depois se sentir eufórico é algo muito comum. A explicação é que o aumento de glicose no sangue aumenta a sensação de bem-estar. O desejável é sempre manter o bom ânimo, e conseguir isso não é tão difícil, se a glicose for mantida relativamente estável ao longo do dia. Frente a alimentos como chocolate e doces, que provocam um aumento rápido da glicose, estão os que conseguem o mesmo efeito, mas de forma contínua.

Esses alimentos são os carboidratos, imprescindíveis em qualquer dieta. Batatas, legumes, pão, arroz e vários outros cereais fornecem, além de fibras, açúcares que o organismo absorve de forma lenta, o que permite o fornecimento regular e contínuo de glicose.

Quando chega o estresse.

Em algumas ocasiões, as preocupações e contrariedades parecem que perseguem. O corpo sente, dorme-se mal e a sensação é sempre de cansaço contínuo aparece. É o momento de dar uma atenção especial ao que se come, abrir a geladeira para ver o que está faltando e que alimentos devem ser esquecidos por algum tempo.

Não se pode esquecer que a boa alimentação nesses períodos é muito importante, já que os problemas atingem também o sistema imunológico, diminuindo as defesas naturais do organismo.

Como complemento a uma alimentação direcionada a combater o estresse, é aconselhável uma dose extra de vitaminas e minerais, que usados sob recomendação médica podem ser encontrados em farmácias e lojas de produtos naturais.


Por María Luisa Rubio.
EFE-REPORTAGENS.

Benoit Lapierre





Dr. Marcelo