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Conheça a gordura-alvo desse tipo de intervenção e saiba até que ponto o bisturi ajuda a afinar a cintura
Você provavelmente reparou que, entre as estratégias apontadas em nossa reportagem de capa para extinguir de vez a pança, não estava a famosa lipoaspiração - tampouco qualquer outra espécie de cirurgia. Pois é, tanto as lipos quanto as plásticas de abdômen não servem para remover o excesso de gordura visceral. Na verdade, não existe nenhuma intervenção que consiga a proeza de expurgar a perigosa banha que se acumula entre os órgãos. "Portanto, nesses casos, continua o risco de síndrome metabólica, conjunto de problemas que, além da circunferência abdominal avantajada, carrega colesterol alto, hipertensão e diabete", diz o cirurgião-plástico Alexandre Munhoz, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Aliás, essas operações nem têm como principal objetivo eliminar aquele monte de quilos a mais. "Que fique claro: a lipoaspiração não serve para emagrecer, mas apenas para melhorar o contorno da cintura", esclarece José Yoshikazu Tariki, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Mas, afinal, qual o alvo dessas intervenções? Ora, a gordura subcutânea. Aquela que se deposita nos pneuzinhos e que, geralmente, confere flacidez a determinadas regiões do corpo... entre elas, a própria barriga. Em tese, esse tipo não reserva tanto perigo. Pode-se dizer que, ao contrário da sua parente visceral, ele até mora no lugar certo, ou seja, nos adipócitos que vivem sob a pele.
Essa gordureba, porém, é um persistente incômodo - isso porque é mais difícil de ser queimada, mesmo com exercícios físicos e dieta balanceada. Para apelar à cirurgia plástica, no entanto, não pense que basta marcar uma consulta com o especialista. "O ideal é que, para se submeter à operação, o indivíduo esteja o mais próximo possível do peso adequado à sua altura", avisa Munhoz.
São basicamente duas as intervenções estéticas que se prestam a definir a silhueta. A mais conhecida delas é a lipoaspiração, que permite sugar a gordura subcutânea. Também existem as abdominoplastias, cuja missão é corrigir a flacidez muscular ou da própria pele. Nesse caso, os médicos fazem uma incisão que abre caminho ao realinhamento do músculo abdominal ou à retirada da banha e da pele que estão sobrando. Elas são indicadas, por exemplo, aos pacientes de cirurgia de redução do estômago. "Mas tanto a lipo quanto a plástica de abdômen, diferentemente do que muita gente pensa, exigem uma avaliação completa como qualquer outro procedimento. Então, quem está fora das condições necessárias não deve fazer nem uma nem outra", afirma Tariki.
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