A teoria é ressaltada por diferentes tipos de especialistas. Nutricionistas, endócrinos, professores de Educação Física, personal trainers. Quando a pergunta está relacionada ao segredo para emagrecer, eles respondem convictos: atividade física mais alimentação balanceada.
Colocando a tese em prática, algumas dúvidas surgem. "Devo comer antes ou depois dos exercícios?" Ou ainda, "o que devo comer antes e depois?". "Se eu praticar exercícios de estômago vazio, vou queimar mais calorias?". É por estas e outras que o acompanhamento de um profissional é fundamental na busca de qualquer
objetivo relacionado ao corpo e à saúde do mesmo. O Dieta e Saúde conversou com o médico-fisiologista da Unifesp, Paulo Zogaib, para esclarecer algumas destas questões.
Primeiramente, ele diz que o ideal é se exercitar três horas após a refeição. "É claro que, quando a pessoa pratica a atividade muito cedo (por exemplo, aquelas pessoas que fazem exercícios às 6 da manhã), ela não vai conseguir dar este intervalo entre as refeições e os exercícios, mas se for possível, é a quantidade de horas adequada", afirma.
Isso não significa que a parte da manhã não seja adequada para a prática de exercícios, mas sim que o desempenho do praticante não será o mesmo se ele estiver em jejum. Porém , Paulo alerta: "se este (às 6 da manhã) é o único horário em que a pessoa tem a disponibilidade de praticar exercícios, aconselho que ela pratique mesmo assim". Ele explica que o ritmo biológico varia de pessoa a pessoa e é preciso respeitar isso. Se a pessoa se sente melhor fazendo atividade física à noite, por exemplo, este é o melhor horário para ela. Já se este não for seu horário preferido, mas é o único em que pode praticar, o próprio organismo se encarrega das adaptações.
Já em relação à alimentação ideal antes das atividades físicas, o especialista afirma que continua valendo a boa e velha alimentação balanceada. A proporção deste tipo de alimentação é: 65% de carboidrato (dentro destes se encontram cereais, massas em geral, batata), 20% de proteína e 15% de gordura.
Paulo explica que esta proporção com os três nutrientes vale para todas as refeições. "Estudos não comprovam que alterações nesta proporção promovem emagrecimento. Algumas pessoas pensam que diminuindo, ou ainda, tirando os carboidratos da alimentação vão emagrecer. O carboidrato é o principal combustível para quem pratica atividade física. Se a pessoa não come o suficiente, o desempenho não é o mesmo e, consequentemente, implica na diminuição da queima de calorias", alerta.
Ele conclui dando uma dica para evitar o efeito sanfona: "tenha a mesma dedicação que teve para engordar, para emagrecer", brinca. Paulo garante que uma pessoa não engorda 10 quilos de uma hora para outra, assim como não emagrece. "A única forma de evitar o efeito sanfona é mudar realmente os hábitos, não só alimentares, mas também em relação à atividade física. Resumindo, não tem segredo", enfatiza o especialista.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário